Usualmente em solo brasileiro, comenta-se que políticas governamentais menos intervencionistas não funcionam e, também, é uma das causas fomentadores da pobreza no país. Todavia, essa tese está correta?
Em um primeiro instante, devemos desmitificar o fato de o Brasil possuir uma economia aberta. Ao contrário do que se argumenta, o Brasil é um dos países mais fechados do mundo, para ser mais exato, o 150º, em uma lista de 186 países da Heritage Foundation (2019). Sim, somos mais fechados que Gâmbia (146º), Haiti (143º), Zâmbia (138º) e Etiópia (137º).
Também, segundo o Banco Mundial (2019), somos o 124º país com mais facilidade para fazer negócio , o 138º mais fácil para abrir empresas , o 133º com mais direito de registro de propriedade e, para finalizar, o 170º com mais facilidade para obter alvarás de construção . Ou seja, é um fato: não há economia de mercado nos ares brasileiros. E, por consequência, não é ela a causadora da pobreza. (Spoiler: é a produtividade baixíssima que possuímos).
Sem o funcionamento do sistema de preços e com as decisões centralizadas em um órgão governamental, o resultado nossos vizinhos venezuelanos e a História já, infelizmente, nos mostraram: enormes filas, baixa produtividade, escassez de alimentos e muita miséria.
Portanto, há uma necessidade de enquadramento do Brasil nos aspectos voltados para maior liberdade de se fazer negócios - índices dos quais estamos muito aquém do ideal. Desse modo, vamos estar mais próximos das políticas que estão funcionando no restante do mundo.
Como diria o vencedor do Prêmio Nobel de 1975, Milton Friedman “no que diz respeito à pobreza, nunca houve na história uma máquina mais eficaz de eliminar a pobreza do que o sistema de livre iniciativa e livre comércio [...] se você olhar para os verdadeiros problemas da pobreza e negação da liberdade para as pessoas, quase todos eles são resultados do governo”.
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